quarta-feira, 21 de abril de 2010

O PAPA É INFALÍVEL??????????????????

O PAPA É INFALÍVEL? Uma análise na doutrina da infalibilidade papal Por Paulo Cristiano, do CACP Esta é uma das doutrinas mais controvertidas criada pela igreja católica romana. Foi proclamada como dogma de fé em 1870 no Concílio Vaticano I pelo então papa João Maria Mastai Ferretti, Pio IX (1846- 1878), através da Bula "Pastor Aeternus". Segundo a teologia católica essa prerrogativa é exercida quando o Papa, como sucessor de Pedro, se pronuncia "ex- cathedra"[1], em matéria de fé e moral. Em outras palavras: o Papa não erra, pois é infalível quando fala ao povo católico. Sem ela a igreja perde sua reivindicação de autoridade apostólica e de guardiã da verdade. Mas seria essa uma doutrina genuinamente cristã? Quais são seus fundamentos e verdadeiras intenções? Eles resistem ao escrutínio das Escrituras e da história eclesiástica? Esse será o foco de nossa análise neste artigo sobre a "infalibilidade papal". Antecedentes históricos Não são poucos os protestantes que pensam ser este dogma uma criação ex nihilo[2] de Pio IX. Muito embora algumas mentes ultramontanas da época já convergiam para isso, podemos encontrar proponentes anteriores ao Vaticano I . Diz o teólogo católico Hans Kung [3] que Peter Olivi [falecido em 1298], padre franciscano, foi o primeiro a propor que os pronunciamentos dos papas fossem considerados infalíveis. Isso porque o papa Nicolau III havia favorecido os franciscano ao declarar que "a renuncia aos bens materiais era um caminho a salvação". Outros porém, afirmam que foram os jesuítas em 1661. Seja como for, a questão é: O que teria levado Pio IX a propor um dogma tão ousado assim? Parece que as razões do Papa eram mais políticas que religiosas. Vejamos alguns motivos que o levaram a propor uma doutrina sem precedentes na história da igreja: Um dos motivos para o estabelecimento definitivo do dogma foi para combater o "galicanismo"[4]. Essa teoria já havia assombrado o pontificado de Inocêncio XI. O contexto da época era propício às aspirações de Pio IX. Ele estava assistindo em seu pontificado a queda do poder temporal que tanto ardentemente defendia. Os domínios papais começaram a perder para a Itália a Romanha (1859), a região da Úmbria, Marcas (1860) e finalmente Roma (1870). A situação não era nada fácil. O Papa agora estava restrito ao Estado do Vaticano e a igreja romana não era mais a senhora de mão-de-ferro da Europa. Sem falar é claro dos fortes conflitos doutrinários que dividiam os teólogos de escolas opostas e as novas idéias seculares que emergiam - as quais o Papa condenou como "erros modernos". Já que a igreja, considerada infalível, estava experimentando sua derrocada, a solução então era consolidar o resto do poder que ainda existia nas mãos de um agente único - o Papa - o qual mais que depressa convocou um Concílio. Nos bastidores do Concílio Vaticano I é estereotipado como um concílio de "cartas marcadas". Antes mesmo dos debates começarem tudo já havia sido arranjado para a doutrina da "infalibilidade" ser aceita. Durante o tempo transcorrido (1869-1870) as reuniões foram marcadas por violentas controvérsias até que os conciliares se dividiram em dois grupos: os antiinfalibilistas (que não apoiavam o dogma) e os infalibilistas (que apoiavam o dogma), liderado pela famigerada ordem dos Jesuítas. Mas mesmo entre estes últimos havia sérias divergências quanto aos limites e natureza desta infalibilidade. Enquanto isso a mídia controlada pelo Papa e os jesuítas, tentava passar uma imagem de unidade, apontando que em breve a aclamação do dogma se faria por unanimidade. A pressão dos infalibilistas pesou na votação e o tema foi adiantado. Muitas alterações foram feitas durante o Concílio de modo a favorecer esse grupo ultramontanista. [5] A esta altura a corrente favorável e intransigente propôs que o grupo contrário ao dogma fossem excluídos como hereges. Dentre essas alterações devemos destacar aqui o fato de que havia sido limitada a liberdade de expressão a ponto de cassar a palavra daqueles que se alongassem no debate como fizeram com Strossmayer. Finalmente depois de muitas contradições, ameaças, intrigas e pressões do partido infalibilista, , foi definido o famigerado dogma da seguinte maneira: "...definimos como dogma divinamente revelado que o Romano Pontífice, quando fala ex cathedra, isto é, quando, no desempenho do ministério de pastor e doutor de todos os cristãos, define com sua suprema autoridade apostólica alguma doutrina referente à fé e à moral para toda a Igreja, em virtude da assistência divina prometida a ele na pessoa de São Pedro, goza daquela infalibilidade com a qual Cristo quis munir a sua Igreja quando define alguma doutrina sobre a fé e a moral; e que, portanto, tais declarações do Romano Pontífice são por si mesmas, e não apenas em virtude do consenso da Igreja, irreformáveis. Se, porém, alguém ousar contrariar esta nossa definição, o que Deus não permita, - seja excomungado" [Concílio Vaticano I, "Primeira Constituição dogmática sobre a Igreja de Cristo" - sessão IV, cap. IV (18-7-1870)] E foi assim que a 18 de julho de 1870 o Papa se tornou infalível! Os critérios da infalibilidade Muitos pensam que qualquer pronunciamento do Papa é automaticamente infalível. Não é bem assim. Os teólogos católicos tiveram o cuidado de cercar cuidadosamente com alguns critérios o uso desta prerrogativa. Elas são tiradas do próprio documento transcrito acima: Primeiramente, o papa só é infalível quando se pronuncia "ex- cathedra", isto é, usando os poderes da cadeira de Pedro como Pastor e doutor da igreja, isto define o cargo de ação do dogma. Por sua vez o objeto desta infalibilidade está restrito tão somente a temas concernente à fé e moral. Outrossim, que o sumo pontífice intencione pronunciar sentença definitiva sobre o assunto focalizado, decidindo o que é certo e condenando com um anátema quem se posicione contra. E por último que ele queira ensinar a igreja inteira. Segundo os estudiosos católicos, em qualquer documento papal (bulas, constituição apostólica, encíclica) estas condições precisam ser preenchidas para ser infalíveis. Por exemplo, temos um pronunciamento ex-cathedra quando João Paulo II na encíclica Veritatis Splendor se pronunciou dizendo que estava usando os poderes de Pedro para aplicar aquelas proposições. Por outro lado, quando ele asseverou na encíclica Fides et Ratio que estava fazendo "considerações filosóficas" não é para todos os efeitos objeto de infalibilidade. Enfim, quando o Papa se pronuncia como filósofo, ou doutor em outras áreas humanas e não como Papa, suas decisões não estão no campo da infalibilidade, asseguram os defensores do dogma. Curiosamente o Concílio Ecumênico Vaticano II não é considerado infalível, pois tão somente reafirmou sentenças de concílios anteriores e não impôs nenhum anátema. Dizem os teólogos católicos que este poder foi exercido poucas vezes, apenas doze, durante todo o pontificado dos papas. Todavia, é gritante a fragilidade deste critério. Este dispositivo foi criado logicamente, para proteger o dogma de suas implicações lógicas, de um impacto direto que ele poderia causar, se fosse aplicado, na prática, na vida de muitos papas ao longo destes séculos. Os alegados fundamentos dessa doutrina Analisando as proposições da sessão IV do "Pastor Aeternus", fica patente que este dogma é extraído de outras duas doutrinas a saber: o primado de Pedro e a sucessão apostólica. Primeiro era necessário transforma Pedro em chefe da igreja cristã universal e depois coroa- lo com a infalibilidade. Assim a última engrenagem faltante era colocar os papas na linha de sucessão do apóstolo fazendo-os infalíveis. Além das questões neotestamentarias, os católicos apelam para a história da igreja, reivindicando a supremacia da igreja de Roma sobre as demais e o apelo que muitas igrejas faziam aos papas em questões de fé e doutrinas. As passagens amiúde citadas são: "o poder de ligar e desligar" (Mateus 16.19), "o poder de apascentar o rebanho" (João 21.15-17) e "o poder de ensinar" (Lucas 22.31,32). Em todas elas os teólogos católicos dizem estar implícita a infalibilidade. Objeções à infalibilidade Dado ao pouco espaço que temos neste artigo, impossível refutar de modo completo tal doutrina. Por isso teceremos alguns comentários e refutações em suas principais bases. O dogma peca sob diversos pontos: Primeiro, quanto às provas bíblicas, não resiste a uma hermenêutica mais cuidadosa. Segundo, carece de apoio histórico consistente e por último, de todos os pontos de vistas lógico, é desnecessário. 1º - Carece de apoio unânime: De início ressalta-se que a palavra "infalibilidade" está ausente tanto na literatura cristã primitiva como na Bíblia. Apesar de Pio IX dizer que ela "foi sempre admitida pela igreja católica", os anais da história mostram fatos totalmente opostos a isto e provam que na verdade, ela nunca existiu na pessoa de um líder eclesiástico. Quando o embrião desta funesta doutrina começou a ser desenvolvido na idade média, não faltaram adversários que a combatessem ferozmente. [6] Muitos papas como Inocêncio III, Clemente IV, Gregório XI, Adriano VI, Paulo IV - rejeitaram a doutrina da infalibilidade papal! As igrejas da França e da Gália sempre se opuseram a ela, reafirmando a independência para com a igreja romana. A elas seguiram-se depois as igrejas inglesas e irlandesas. No Concílio Vaticano I, líderes católicos gabaritados da envergadura do teólogo e historiador alemão Ignaz von Döllinger (principal adversário e líder da oposição a essa doutrina), Schwarzemberg, Maret, Rauscher, Simor, Dupanloup, Hefele, Ketteler, Acton, Strossmayer formavam a frente de oposição quanto ao novo dogma. Principalmente Döllinger e Maret ambos, respeitados estudiosos eclesiásticos sabiam mais do que todos que pela história da igreja o dogma era indefensável. Os livros de Döllinger e o discurso eloqüente de Strossmayer no Concílio atestam este fato. Depois disto, muitos não só abandonaram o Concílio antes da votação, como também a própria igreja romana formando a igreja dos "Velhos Católicos". 2º - Carece de apoio histórico: A alegação de que algumas igrejas apelavam para Roma em algumas decisões não é prova de que o bispo romano fosse infalível. Outras sés episcopais receberam a mesma honra. Podemos citar a igreja de Alexandria resolvendo questões de disciplinas nas igrejas espanholas, além de sua jurisdição. Era comum as igrejas primitivas recorrerem umas às outras para estabelecer decisões em questões polêmicas. Contudo, muitas vezes as igrejas não admitiram a intromissão de Roma em assuntos de suas jurisdições como no caso das igrejas Africanas. Nota-se ainda que as apelações eram feitas à igreja e não ao papa como infalível. Nos primeiros dez séculos de Cristianismo nenhum dos pais da igreja ou algum Concílio ecumênico jamais se posicionou a favor da idéia da infalibilidade residir na pessoa do bispo romano. É vão o malabarismo exegético praticado pelos romanistas nesse sentido. Apesar de quererem reescrever a história em causa própria, os fatos são gritantes contra esse dogma. Nenhum dos primeiros concílios ecumênicos foram convocados pelos papas e nenhuma sentença importante por parte deles foi emitida como infalível por estes concílios. As principais decisões dogmáticas do cristianismo foram tomadas pelos Concílios e não pelos papas. Na verdade, muitos papas estavam sujeitos aos Concílios. Não obstante, apela-se para a frase de Agostinho "roma locuta , causa finita est !", isto é, Roma falou, está encerrada a questão. Todavia, quando Agostinho disse isso a respeito da opinião do Papa contra Pelágio (seu adversário), esta questão já havia sido decidida por dois Concílios. Agostinho era da opinião de que só o julgamento de Roma não era definitivo se não tivesse o assentimento de um concilium plenarium. Isto ele deixou claro na questão do batismo dos hereges, no qual foi contra a decisão de Estevão e a favor dos Concílios africanos. Não menos controvertida é a frase de Ireneu apelando para a sé romana fazendo menção de sua "importantíssima primazia". Mas Ireneu não apelara para o papa de Roma , mas para a igreja UNIVERSAL como um todo, ele apenas escolheu a romana por ser a mais conhecida, pois ficava na capital do império. Nada diz Ireneu sobre uma suposta infalibilidade papal. Isto estava com certeza, fora de cogitação. 3º - Carece de apóio bíblico: Os argumentos freqüentemente empregados pelos católicos para substanciar biblicamente a infalibilidade são espúrios. Se não vejamos: Mateus 16.19 - Além de reivindicarem uma suposta jurisdição de Pedro sobre as demais igrejas, alegam que ele promete a infalibilidade pelo simbolismo das chaves. Contudo, a interpretação de que Pedro é a "Pedra", além de não provar nenhuma supremacia de Pedro, não mostra também que seus supostos sucessores tivessem a primazia sobre os demais. Além do mais, de todos os pais da igreja poucos foram os que interpretaram que Pedro fosse de fato a Pedra. Outrossim, o simbolismo das chaves foi dado não somente a Pedro, mas a todos os apóstolos (18.18). Se os apologistas católicos querem ver alguma infalibilidade neste trecho terão que estende-la também aos outros. Ademais, o poder das chaves era exercido apenas na evangelização e não na jurisdição. O que de fato Pedro e os demais exerceram de modo eficaz. Nada de infalibilidade. João 21.15-17 e Lucas 22.31,32 - A prerrogativa dada a Pedro de "apascentar seus irmãos", não era privilégio somente de Pedro. Outros como Paulo disseram a mesma coisa (At. 14:22 - 15:32,41). Este e o próprio Pedro admitiam que isto não era exclusividade suas (Atos 20.28 - I Pedro 5.1,2). Com certeza Pedro lembrando-se das palavras do mestre em Lucas 22.24-26 (cf. Mat. 20.25-27), soube aconselhar o rebanho tempos depois afim de que ninguém exercesse a primazia sobre as igrejas I Pedro 5.1-3. A simples tarefa de apascentar e confirma não traz inerentemente nenhum mérito de infalibilidade, pois Jesus já havia rogado por eles todos (João 17.11,12). Conclusão O cuidado em proteger essa doutrina com subtilezas de termos cuidadosamente arranjados, encontra sua razão na história desastrosa do papado durante todos estes séculos. Poderíamos falar extensamente de papas condenados como hereges tais como Honório, Libério, Hildebrando. Ora, se ensinaram heresias está claro que não eram infalíveis. Houve papas que anularam os decretos de outros, tido como dogmáticos. E o que dizer de vários papas tidos ao mesmo tempo como legítimos?[7] Sem falar na vida imoral que muitos deles levavam. Seria correto papas imorais não errarem em questões morais? Seriam estes também infalíveis? Claro que não! Isto posto, a infalibilidade foi um estratagema que não deu certo, antes aumentou mais um erro no bojo dogmático do catolicismo. Ela não só perverte a doutrina cristã como contraria os fatos da história. Definitivamente o Papa não é infalível, isso cabe somente a Deus e a sua Palavra - a Bíblia. ---------------------------------------------------------------------- ---------- Obras Consultadas O Papa e o Concílio - Janus - Obras Completas de Ruy Barbosa Vol. IV Tomo I,II 1877, Ministério da Educação e Cultura (fundação Casa de Ry Barbosa - Rio de Janeiro - 1978) Collete, Carlos Hastings. Inovações do Romanismo. Ourinhos: Edições Cristãs, 1ª ed. 2001. Almeida, Abraão de. Babilônia, Ontem e Hoje. Rio de Janeiro, CPAD - 1979. Hunt, Dave. A Mulher Montada na Besta: a Igreja Católica Romana e os últimos dias. Vol. I. Porto Alegre, Actual edições, 2001. Silveira, Horácio. Santos Padres, Santos Podres. Existem ambos? Belo Horizonte: Dynamus, 2001. Obras católicas Alberigo, Giuseppe. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulo: Paulus, 1995 - 2ª ed. Grasso, Dominico. O Problema de Cristo, São Paulo: Ed. Loyola 1967. Catecismo da Igreja Católica, São Paulo: Ed. Loyola, 1999. Pintonello, Aquiles. Os Papas: síntese histórica, curiosidades e pequenos fatos. São Paulo Ed. Paulinas 1986. Notas [1] expressão latina que significa "da cadeira" referindo-se a cadeira de Pedro. [2] Criação do nada - referente ao ato criativo de Deus em Gênesis. [3] teólogo jesuíta suíço que foi excluído por João Paulo II a mando de Ratzinger por apoiar a teologia da libertação e outras idéias teológicas. [4] Originada na França, propunha a diminuição da autoridade papal e o aumento do poder do Estado sobre a igreja. As 4 proposições do Galicanismo eram: 1) Total independência do rei em assuntos temporais em relação ao papa; 2)a autoridade papal é inferior à do Concílio; 3) obrigação por parte do papa de respeitar as antigas tradições da igreja francesa; 4) necessidade de consentimento da Igreja Universal para a ratificação dos dogmas proclamados pelo papa. [5] partido que defendia a infalibilidade papal e a supremacia da sé romana. Era a antítese do galicanismo. [6] Segundo pesquisa de opinião pública divulgada pela Folha de S. Paulo, em 1997, quase dois terços dos católicos brasileiros (74%) não crêem na infalibilidade papal. Só 22% acreditam nela. O assunto voltou a ser muito discutido no meio religioso e acadêmico em 1998, com a publicação da encíclica "Fé e Razão". [7] No início do século XV havia 3 homens afirmando ser o papa, é a chamada controvérsia de Avignon. Esse dilema foi resolvido por um Concílio, o de Constança.

PAULO E JESUS CRISTO!

O mundo cristão não seria o mesmo sem a mensagem que São Paulo transmitiu ao Império Romano. Para conquistar fiéis, ele fez concessões que desagradaram aos discípulos de Jesus – e ainda despertam acirradas discussões entre pensadores e religiosos. Afinal, Paulo espalhou ou deturpou a palavra de Cristo? Estamos no ano 34 da era cristã. Passaram-se poucos anos desde a crucificação de Jesus. Sua mensagem espalhou-se rapidamente por toda a Palestina e seus discípulos eram implacavelmente perseguidos, principalmente pelos judeus. Os seguidores de Jesus são acusados de heresia e traição à Lei de Moisés. Em Jerusalém, um jovem judeu chamado Saulo faz verdadeiras atrocidades com os cristãos. Persegue- os furiosamente, invade suas casas e os manda para prisão. Informado de que, a cada dia, cresce a comunidade cristã em Damasco, na Síria, pede e obtém do Sinédrio, o Supremo Tribunal da comunidade judaica de Jerusalém, cartas de recomendação aos rabinos daquela cidade, autorizando-os a caçar os hereges cristãos. Acompanhado de alguns homens, percorre a cavalo os cerca de 200 quilômetros até Damasco. Depois de sete dias de viagem, sob um sol escaldante, consegue finalmente avistar as muralhas da cidade. Mas, de repente, uma forte luz vinda do céu incide sobre ele e assusta seu cavalo, que o joga no chão. Naquele instante, o jovem judeu ouve uma voz que diz: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" Atônito, ele indaga: "Quem és, Senhor?" A voz responde: "Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te, entra na cidade e te dirão o que deves fazer". O séquito de Saulo permanece mudo de espanto, sem entender de onde vem aquela voz. Saulo, por sua vez, ergue-se do chão, mas não consegue enxergar nada. Em Damasco, permanece três dias e três noites em jejum, refletindo sobre o estranho acontecimento, até ser visitado por Ananias, um discípulo de Cristo, que lhe diz: "Saulo, meu irmão, o Senhor me enviou. O mesmo que te apareceu no caminho por onde vinhas. É para que recuperes a vista e fiques repleto do Espírito Santo". Nesse exato momento, duas escamas caem dos olhos de Saulo, que volta a ver. Em seguida, ele é batizado. Convertido, Saulo de Tarso tornou-se aquele que talvez tenha sido o mais importante difusor da palavra de Jesus: São Paulo. O episódio acima, narrado em detalhes no livro Atos dos Apóstolos, do Novo Testamento, teria marcado radicalmente a vida de Paulo. Não é possível provar que ele tenha de fato acontecido. Os textos bíblicos são as únicas fontes disponíveis para se reconstituir a história do santo – acreditar neles é uma questão de fé. Tenha ocorrido de forma tão espetacular ou não, a conversão de Paulo mudou para sempre os rumos da religião cristã. Para muitos teólogos, Paulo foi um personagem fundamental nos primeiros anos do cristianismo. Seu trabalho de evangelização foi, em grande parte, responsável pelo caráter universal da doutrina cristã e sua mensagem, expressa em cartas enviadas às comunidades que fundava, ainda hoje é considerada o alicerce da jurisprudência, da moral e da filosofia modernas do Ocidente. Enquanto a maioria dos apóstolos que conviveram com Jesus restringiram sua pregação à Palestina, Paulo levou a palavra de Cristo para lugares distantes, como a Grécia e Roma. Sua importância na construção da Igreja primitiva é tão grande que muitos estudiosos atribuem a ele o título de pai do cristianismo. "Paulo desempenhou um papel maior na evangelização dos primeiros cristãos", diz o biblista Jerome Murphy-O'Connor, professor da Escola Bíblica e Arqueológica de Jerusalém e um dos maiores estudiosos do santo. O historiador André Chevitarese, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em cristianismo e judaísmo antigos, concorda: "O cristianismo, tal como existe hoje, deve muito a Paulo. Se não fosse o apóstolo, ele provavelmente não teria passado de mais uma seita judaica". Isso não quer dizer que o trabalho dos 12 apóstolos tenha sido irrelevante, mas eles pregaram numa região, a Palestina, que viria a ser devastada pelos romanos entre os anos 66 e 70. "Sem dúvida, Paulo foi o apóstolo que teve maior repercussão com o passar dos séculos", afirma o teólogo Pedro Lima Vasconcellos, professor do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo. O termo apóstolo, no sentido de evangelizador, é freqüentemente usado para se referir a São Paulo. Não há evidências históricas, entretanto, de que ele tenha conhecido Jesus Cristo. A influência de Paulo é indiscutível. Mas, para uma corrente de historiadores e teólogos, ele deturpou os ensinamentos de Jesus Cristo – a ponto de a mensagem cristã que sobreviveu ao longo dos séculos ter origem não em Cristo, mas em Paulo. Esses pensadores julgam ser mais correto dizer que o que existe hoje é um "paulinismo", não um cristianismo. "As cartas de São Paulo são uma fraude nos ensinamentos de Cristo. São comentários pessoais à parte da experiência pessoal de Cristo", afirmou o líder pacifista indiano Mahatma Ghandi, em 1928. Opinião semelhante tem o prêmio Nobel da Paz de 1952, o alemão Albert Schweitzer, que declarou: "Paulo nos mostra com que completa indiferença a vida terrena de Jesus foi tomada". As principais críticas da corrente antipaulina concentram-se em pontos polêmicos das cartas do apóstolo. Nelas, entre outras coisas, Paulo defende a obediência dos cristãos ao opressivo Império Romano, bem como o pagamento de impostos, faz apologia da escravidão, legitima a submissão feminina e esboça uma doutrina da salvação distinta daquela que, segundo teólogos antipaulinos, teria sido defendida por Jesus. "A mentira que foi Paulo tem durado tanto tempo à base da violência. Sua conversão foi uma farsa", afirma Fernando Travi, fundador e líder da Igreja Essênia Brasileira. Os essênios eram uma das correntes do judaísmo há 2 mil anos, convertidos na primeira hora ao cristianismo. "Ele criou uma religião híbrida. A prova disso é o mundo que nos cerca. Um mundo cheio de guerra, de sofrimentos e de desespero." PAULO: JUDEU, GREGO E ROMANO Para entender melhor o papel de São Paulo na origem e construção do cristianismo é preciso voltar no tempo e acompanhar de perto sua vida. O principal relato sobre ele está presente nos Atos dos Apóstolos, livro escrito pelo evangelista Lucas, que foi também dos maiores discípulos de Paulo. Seus relatos, no entanto, não são considerados um retrato fiel dos acontecimentos. "Os Atos devem ter sido escritos cerca de 15 a 20 anos após a morte de Paulo, quando ele já poderia estar caindo no esquecimento. Lucas, então, expressa uma visão romanceada do apóstolo, transformando-o em um herói ou, mais do que isso, em um modelo de discípulo", afirma José Bortolini, padre da Congregação Pia Sociedade de São Paulo, mestre em exegese bíblica e autor do livro Introdução a Paulo e suas Cartas. Outra fonte de informação sobre o apóstolo são as cartas (ou epístolas) escritas por ele para as comunidades cristãs que tinha fundado. Com base nessas duas fontes, sabemos que Paulo era um judeu detentor de cidadania romana, criado em um ambiente culturalmente grego. Ele nasceu em Tarso, na Ásia Menor, onde atualmente está a Turquia. Era uma cidade grande, com mais de 200 mil habitantes, por onde passava uma estrada que ligava a Europa à Ásia. Situada na província romana da Cilícia, a Tarso de então era predominantemente grega – um dos mais efervescentes centros de cultura do mundo helênico, chegando a rivalizar com Atenas. Mas também era cosmopolita. Abrigava um porto fluvial movimentado e se impunha como um importante pólo comercial. Suas ruas estreitas viviam apinhadas de gente e suas casas abrigavam povos de várias regiões: egípcios, bretões, gauleses, núbios e sírios – além dos judeus (como a família de Paulo), que na época já haviam se assentado em várias cidades do império. A cidadania romana, citada nos escritos de Lucas, é um ponto controverso da biografia de Paulo. Tê-la garantia alguns privilégios, como o direito de participar das assembléias que decidiam questões sobre a vida e a organização da cidade e a isenção do pagamento de alguns impostos. Os cidadãos romanos também não podiam ser crucificados, caso fossem condenados à morte. Segundo Lucas, Paulo herdara a cidadania do pai ou do avô, que a teriam obtido por mérito ou comprado por uma volumosa quantia. Mas o apóstolo nunca se declarou romano em suas cartas. Para o biblista Murphy-O'Connor, o silêncio é compreensível: "Não havia razão para Paulo mencionar sua posição social em cartas a comunidades que ele desejava convencer de que `nossa pátria está nos céus' ", escreve o teólogo no livro Paulo: Biografia Crítica. Cidadão romano ou não, Paulo provavelmente fazia parte de uma elite – seu pai, especula-se, era dono de uma oficina onde se fabricavam tendas. Ele mesmo, aliás, dominava esse ofício. O ano exato do nascimento de Paulo, bem como a data dos principais acontecimentos de sua vida, são, ainda hoje, motivo de controvérsia. Muitos historiadores supõem que ele tenha nascido por volta do ano 5 da era cristã. Era, portanto, alguns anos mais novo do que Jesus – cujo nascimento, segundo descobertas históricas recentes, é datado entre 6 e 4 a.C. Paulo foi educado na casa de seus pais, na sinagoga e na escola ligada a ela. Aos 15 anos, deixou Tarso e mudou-se para Jerusalém, onde matriculou-se na escola de Gamaliel, um dos sábios mais respeitados do mundo judaico. Paulo teve uma formação acadêmica de primeira – nos parâmetros atuais, algo equivalente a um doutorado em Harvard. Nas tempos de estudante, Paulo presenciou uma situação que estaria na origem de sua "cristofobia". Um dos alunos mais brilhantes era um jovem chamado Estêvão, um nazareno – nome dado aos que seguiam os ensinamentos de Cristo. Em uma discussão, Estêvão foi fiel a sua fé e declarou que Jesus era o messias: tal afirmação provocou a ira dos colegas, inclusive de Paulo. Pela blasfêmia, Estêvão foi levado diante do Sinédrio e condenado à morte por apedrejamento. Conforme o costume da época, as pessoas que iam apedrejar o condenado deveriam tirar suas próprias vestes e colocá-las aos pés de uma testemunha. No martírio de Estevão, a testemunha era Paulo. A partir desse episódio, Paulo, que já era um intransigente defensor da lei e dos costumes judaicos, viu nos seguidores de Cristo uma ameaça real à sua própria religião. Foi então que passou a cultivar um ódio crescente pelos nazarenos e tornou-se um implacável perseguidor dos membros dessa seita. Depois de muito aterrorizar os cristãos de Jerusalém, decidiu agir na Síria. Foi quando aconteceu sua conversão no caminho de Damasco. O MISSIONÁRIO VIAJANTE Paulo tinha cerca de 28 anos quando ocorreu seu encontro místico com Jesus. Depois de ter se tornado um fervoroso discípulo do Nazareno, viveu algum tempo na comunidade cristã damasquina, até ser expulso pelos judeus. Refugiou-se por cerca de dois anos na Arábia – território dominado pela tribo dos nabateus –, que se estendia do mar Vermelho até Damasco, margeando a Palestina pelo leste. Nesse período, estudou e refletiu sobre os ensinamentos de Cristo. Por volta do ano 37, retornou a Damasco, onde fez suas primeiras pregações. Mais uma vez, provocou a fúria da comunidade judaica e teve de deixar a cidade numa fuga cinematográfica. Como os portões da cidade estavam vigiados, ele escondeu-se num cesto que foi descido pelas muralhas. Era noite e Paulo andou por cinco horas até sentir-se a salvo. Após seis dias de caminhada, chegou a Jerusalém. Havia três anos que ele tinha deixado a cidade. Os cristãos de Jerusalém o receberam com desconfiança. Afinal de contas, ainda estavam vivas na memória as atrocidades cometidas por Paulo. Coube a Barnabé, um ex-colega da escola de Gamaliel convertido ao cristianismo, apresentá-lo aos apóstolos. Foi nessa ocasião que aconteceu o primeiro encontro com Pedro, um dos discípulos mais próximos de Jesus. Durante 15 dias, eles permaneceram juntos. Mas não tardou para o Sinédrio saber que Paulo, agora cristianizado, havia voltado. Diante do perigo que corria em Jerusalém, Paulo mais uma vez teve de fugir: o destino foi Tarso, sua cidade natal, onde permaneceu por sete ou oito anos. Nada se sabe sobre sua vida nesse período. Por volta de 45 d.C., convidado por Barnabé, Paulo mudou-se para Antióquia da Síria, onde a igreja dos nazarenos crescia rapidamente. Depois de Roma e Alexandria, no Egito, Antióquia era a terceira maior cidade do Império Romano. "Diferentemente do que acontecia em Jerusalém, onde os seguidores de Jesus ainda estavam ligados à lei e aos rituais judaicos, em Antióquia se respirava ar novo – lá, boa parte dos neocristãos vinha do paganismo", afirma padre Bortolini. O termo cristão, como designação dos discípulos de Jesus, surgiu pela primeira vez nessa cidade. Esse fato reveste-se de importância porque pela primeira vez os seguidores de Jesus não são mais vistos como judeus dissidentes. Foi de lá que Paulo – descrito em textos apócrifos como "um homem pequeno com uma grande cabeça careca" – partiu para sua primeira jornada missionária. Nessa ocasião, ele tinha cerca de 40 anos. Durante 12 anos, de 46 a 58, Paulo empreendeu quatro viagens evangelizadoras, visitando boa parte do Império Romano, que se estendia da Grã-Bretanha ao Oriente Médio, passando pelo norte da África. Eram jornadas árduas, feitas a pé ou de navio, sempre na companhia de outros discípulos. Quando viajavam por terra, seguiam pelas estradas romanas, percorrendo 30 quilômetros por dia. O perigo os espreitava, como escreve o apóstolo em uma de suas epístolas aos coríntios: "Sofri perigos nos rios, perigo por parte de ladrões, perigo por parte dos meus irmãos de raça, perigo por parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos por parte dos falsos irmãos". A estratégia pastoral de Paulo era bem definida. Pregava nas sinagogas, em casas e praças de grandes centros urbanos, que funcionavam como pólos irradiadores da mensagem. Ao sair, designava um líder responsável pelo rebanho. A primeira viagem, entre 46 e 48, foi feita em companhia de Barnabé e de Marcos, outro discípulo cristão, o mesmo a quem é atribuído um dos quatro evangelhos. Foram à ilha de Chipre e percorreram a Ásia Menor (veja mapa) antes de retornar a Antióquia. É a partir dessa primeira expedição que Paulo deixa de ser chamado pelo nome judeu Saulo – a mudança é narrada por Lucas no Ato dos Apóstolos, 13:9. Antes de partir para a segunda viagem, Paulo foi intimado a participar do Concílio Apostólico de Jerusalém, em 49, que reuniu a nata do cristianismo primitivo. Foi um encontro tenso, onde, pela primeira vez, vieram à tona as divergências entre Paulo e o grupo de judeus-cristãos, tendo à frente Pedro e Tiago Menor, líder da comunidade cristã em Jerusalém. A assembléia discutiu assuntos delicados, como a obrigatoriedade da circuncisão para os pagãos convertidos ao cristianismo. A questão era importante e polêmica, pois a circuncisão era encarada como a porta de entrada do judaísmo. Ao aceitá-la, os convertidos assumiam que adotariam integralmente a cultura judaica. Paulo era contra, pois acreditava que o sacramento do batismo era suficiente para a conversão. Em suas pregações, ele encontrava forte resistência dos pagãos, que não entendiam por que deveriam se submeter ao ritual de iniciação judaico para tornar-se cristãos. Depois de acirradas discussões, Paulo saiu vitorioso. Foi, em parte, por causa dessa liberalização que Paulo arrebanhou um número tão grande de fiéis. Ao final do encontro, Paulo recebeu a alcunha de "apóstolo dos gentios", em contraposição a Pedro, chamado de "apóstolo dos judeus". A segunda jornada missionária começou depois do Concílio de Jerusalém e estendeu-se até 52. O ponto alto dessa jornada foi a pregação na Europa. Pela primeira vez, a palavra de Deus deixava a Ásia e espalhava-se por um novo continente. Paulo visitou várias cidades gregas, fundando importantes núcleos cristãos. "Foi por causa dessa passagem [da Ásia para a Europa] que o cristianismo sobreviveu e se desenvolveu", argumenta padre Bortolini. Foi também nessa jornada que Paulo escreveu, em 51, a Epístola aos Tessalonicenses, o mais antigo documento do Novo Testamento. Nas cartas paulinas, o trabalho braçal ficava por conta de escribas: Paulo as ditava e as assinava de próprio punho para autenticar o documento. A maioria delas foi escrita em grego, mesma língua usada por Paulo em suas pregações. Esse era o idioma universal, comparável ao que hoje é o inglês. O apóstolo também se expressava em hebraico, língua da elite judaica, na qual foi escrita a maior parte dos livros do Antigo Testamento, e em aramaico, a língua materna de Jesus e corrente na camadas populares da Palestina. Mesmo sendo poliglota, o apóstolo encontrava dificuldade para se comunicar em suas peregrinações, diante da multiplicidade de línguas e dialetos daquela época. Em muitas ocasiões, recorria a intérpretes. Em uma de suas cartas, a Epístola aos Gálatas, percebe-se a tensão existente entre Paulo e os 12 apóstolos que conviveram com Cristo. Nela, Paulo afirma que "enfrentou abertamente [Pedro, em Antióquia], porque ele se tornara digno de censura". O motivo da briga foram dois preceitos alimentares judaicos. Pedro defendia que os neocristãos não poderiam sentar-se à mesa com gentios – seus iguais até pouco antes. Deveriam também rejeitar sobras de carnes de animais sacrificados aos deuses pagãos. Paulo discordava e teve uma acirrada discussão com Pedro. Na terceira viagem missionária, de 53 a 57, Paulo deteve-se por três anos em Éfeso, a capital da Ásia Menor. Lá, presume-se, esteve preso por alguns meses – ao longo de sua vida, o apóstolo deve ter permanecido quatro anos atrás das grades. Durante essa jornada, coletou dinheiro para os cristãos pobres de Jerusalém. No retorno à Terra Santa, não se sabe como foi recebido por Tiago, chefe da igreja de Jerusalém. Nem Lucas nem Paulo deixam claro se ele aceitou o dinheiro "impuro" da coleta. Sabe-se apenas que foi na volta a Jerusalém que Paulo foi preso, na praça do Templo, sob a acusação de introduzir gentios na sinagoga. Os judeus estavam furiosos com a presença do pregador na cidade e, temendo por sua segurança, o tribuno romano Cláudio Lísias o encarcerou de novo. Dessa vez, foi em Cesaréia, perto de Jerusalém, onde amargou dois anos de reclusão. Eis que ele pediu para ser julgado em Roma pelo imperador – direito conferido aos cidadãos romanos. No outono de 60, o apóstolo foi enviado à capital imperial, uma cidade com quase 1 milhão de moradores. Paulo foi saudado pela comunidade cristã e permaneceu em prisão domiciliar, vigiada por soldados. Encontrava-se com as pessoas, mas não podia sair de casa. Aproveitou esse período para transmitir a palavra de Deus. Depois de dois anos de cativeiro, seu processo foi encerrado sem uma sentença condenatória. Pouco se sabe a respeito dos anos seguintes da vida de Paulo, já que o Novo Testamento não dá indicações do que aconteceu com ele após a prisão em Roma. Mas, segundo a tradição, acredita-se que tenha empreendido uma viagem à Espanha ou visitado as igrejas cristãs que fundara na Grécia e Ásia Menor e retornado a Roma na primavera de 67. O império era chefiado por Nero, que anos antes havia ateado fogo na cidade e jogara a culpa pelo desastre nos seguidores de Jesus. Por isso, os cristãos eram duramente perseguidos e tinham que se reunir em catacumbas para escapar da fúria insana do imperador. Quando capturados, viravam presa para as feras do Coliseu. Ao deparar com essa situação, Paulo empenhou-se em reconstruir a comunidade. Não tardou e foi preso, acusado de chefiar a seita dos nazarenos. Na prisão, escreveu sua derradeira carta ao discípulo Timóteo, um dos líderes da igreja de Éfeso. Ele sabia que não escaparia da morte. No outono daquele ano, foi levado pelos guardas para fora da cidade e degolado. No local de seu martírio foi construída a praça Tre Fontane e perto dali, junto ao seu túmulo, erguida a basílica de São Paulo Extramuros. Diz a lenda que, no momento de sua execução, uma cega de nome Petronila aproximou-se do apóstolo e lhe ofereceu um véu para cobrir-lhe o rosto. Paulo teria devolvido o véu à mulher e, quando ela o colocou sobre os seus próprios olhos, recobrou milagrosamente a visão. A conversão de Paulo é comemorada no dia 25 de janeiro. Foi uma escolha aleatória, já que não se sabe o dia exato de sua conversão. Como a cidade de São Paulo foi fundada nesse dia, acabou recebendo o nome do santo. A festa de São Paulo é celebrada em 29 de junho, junto com a de São Pedro. Foi uma forma encontrada pela Igreja para homenagear, de uma só vez, os dois líderes máximos do cristianismo primitivo. CRISTIANISMO OU PAULINISMO? As 13 cartas escritas por São Paulo sintetizam o pensamento do apóstolo, que viria a moldar a doutrina cristã. Elas foram redigidas entre os anos 50 e 60 e são os mais antigos documentos da história do cristianismo – os quatro evangelhos canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João ficaram prontos apenas entre os anos 70 e 100. A influência do apóstolo na consolidação da doutrina cristã pode ser medida pelo fato de suas epístolas representarem quase metade dos 27 livros do Novo Testamento. Com elas, dizem os estudiosos, Paulo não tinha a pretensão de formular tratados teológicos. "Elas são resultado de experiências vivenciadas pelas comunidades paulinas", afirma o André Chevitarese. Uma corrente de biblistas defende que nem todas foram de fato escritas por Paulo – algumas teriam sido redigidas por seus discípulos após a morte do apóstolo. "Elas são muito diferentes em estilo literário e conteúdo", afirma Pedro Vasconcellos, da PUC. Para a Igreja, no entanto, todas as cartas são de autoria de Paulo. Se são uma rica fonte de difusão da doutrina cristã, esses documentos são também a principal causa da controvérsia sobre o apóstolo. Na opinião de Fernando Travi, líder da Igreja Essênia Brasileira, a descoberta, no século passado, de escrituras datadas dos primeiros anos do cristianismo, como os Manuscritos do Mar Morto, o Evangelho dos 12 Santos (ou da Vida Perfeita) e o Evangelho Essênio da Paz, indica que boa parte do conteúdo das cartas de Paulo está em oposição aos ensinamentos de Jesus (leia quadro na pág. 64). "Existem sérios indícios de que, como num plano de sabotagem, Paulo divulgou uma doutrina falsificada em nome do messias", diz ele. Opinião parecida tem o pastor batista americano Edgar Jones, autor do livro Paulo: O Estranho. "Jesus de Nazaré deve ser cuidadosamente diferenciado do Jesus de Paulo. Gerações e séculos passaram até que a corrente paulina com seu forte apelo em favor do Império Romano ganhasse ascendência sobre a corrente apostólica", diz o teólogo. O fato é que, até o século 4, o cristianismo dividia-se em duas correntes distintas, uma liderada pelos discípulos de Paulo e outra pelos seguidores dos apóstolos de Cristo. Quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano, a corrente paulina saiu-se vitoriosa. "As idéias de Paulo, afáveis aos dominadores, foram definitivamente incorporadas à doutrina cristã", diz Fernando. Para os críticos de Paulo, um exemplo dessa "afabilidade" está presente na Epístola aos Romanos. "Cada um se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus. Aquele que se revolta contra a autoridade opõe-se à ordem estabelecida por Deus", escreve Paulo. E continua: "É também por isso que pagais impostos, pois os que governam são servidores de Deus". "Essa passagem revela que ele estava a serviço das autoridades romanas. Jesus, por sua vez, se insurgia contra as leis de Estado", afirma Fernando. Para os defensores de Paulo, esse texto foi tirado de seu contexto e tornou- se, ao longo dos séculos, uma teoria metafísica do Estado. "O texto só tinha valor para quem vivia em Roma, onde qualquer movimento de desobediência seria esmagado", diz o teólogo Pedro Vasconcellos. Para outros teóricos, deve-se diferenciar a doutrina religiosa paulina das opinões do apóstolo sobre a ordem social. "A teoria de Igreja de Paulo é fundamentada no antiautoritarismo, o que influenciou muito a doutrina protestante. Na sua igreja, a idéia de liberdade é plena, mas quando ela é extrapolada para o meio social, surge o seu conservadorismo", diz o pastor luterano Milton Schwantes, professor da Universidade Metodista de São Paulo e doutor em literatura bíblica. O sacerdote franciscano Jacir de Freitas Faria, mestre em exegese bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico (PIB), de Roma, comunga da mesma opinião: "Paulo é uma figura basilar do cristianismo, mas não podemos deixar de ser críticos a ele nessa relação com o Império Romano". Outro ponto controverso das epístolas paulinas refere-se à defesa que seu autor faz da escravidão. Na Epístola aos Efésios, Paulo é taxativo: "Servos, odedecei, com temor e tremor, em simplicidade de coração, a vossos senhores nesta vida, como a Cristo". Para os antipaulinos, o apoio dado pelo apóstolo à escravidão tem sido usado pela Igreja ao longo dos séculos para legitimar situações espúrias de dominação e diverge radicalmente da palavra de Cristo, que pregava um mundo livre de opressões. A corrente pró-paulina argumenta, mais uma vez, que é preciso analisar o contexto histórico para entender seus escritos: "Sua falha em condenar a escravidão torna-se compreensível quando sabemos que cerca de 60% da população de qualquer cidade grande daquele tempo era formada por escravos. Toda economia estava estruturada em torno desse fato e, por isso, uma atitude crítica seria incompreensível", afirma o biblicista Jerome Murphy-O'Connor, de Jerusalém. O apóstolo dos pagãos também é bombardeado por suas posições a respeito das mulheres. Na carta endereçada à comunidade cristã de Colosso, ele escreve: "Quanto às mulheres, que elas tenham roupas decentes, se enfeitem com pudor e modéstia. (...) Durante a instrução, a mulher conserve o silêncio, com toda submissão. Não permito que a mulher ensine, ou domine o homem". Suas palavras atraem até hoje a ira das feministas, que o acusam de misoginia. Seus defensores, por outro lado, argumentam que , ao contrário, ele incentivava a participação das mulheres na vida social. "Paulo acreditou firmemente na igualdade entre os sexos e, em suas igrejas, as mulheres exerciam todos os ministérios. Alguns exegetas munidos de preconceito interpretaram erroneamente os textos paulinos", diz Murphy-O'Connor. Outro petardo disparado pelos críticos diz respeito à doutrina da salvação defendida por Paulo. "Paulo diz que os pecados são perdoados se a pessoa acreditar que Jesus morreu na cruz por ela. É a doutrina da salvação em que o herói derrama seu sangue e todos são perdoados por causa dele. Enquanto isso, Jesus diz: `Eu sou o caminho, a verdade e a vida'. Para Jesus, a salvação será dada àqueles que seguirem seus ensinamentos", afirma Fernando Travi. Os defensores de Paulo discordam e afirmam que o apóstolo foi mais uma vez mal interpretado. "Creio que houve uma transformação conservadora da mensagem de Paulo. Temos que libertá-lo das idéias errôneas a seu respeito perpetuadas ao longo dos séculos", diz Pedro Vasconcellos, da PUC. Conservador ou radical, fiel ou não a Jesus Cristo, São Paulo foi, sem dúvida, um dos poucos evangelizadores – se não o único – a fazer o cristianismo passar da cultura semita à greco-romana, possibilitando que ela se tornasse uma religião mundial. "Ele criou condições para que povos não-judaicos, ao receberem a mensagem de Deus, fossem inseridos de forma igualitária na comunidade cristã", afirma o André Chevitarese, da UFRJ. Sem Paulo, considerado por muitos o pai do cristianismo, a história da humanidade teria tomado outro rumo. A Idade Média, marcada pela força da Igreja Católica, ocorreria de outra forma e o mundo em que vivemos seria totalmente diferente. Nada seria como é. Pregação controversa As supostas contradições entre os ensinamentos de Cristo e de Paulo Sobre a obediência ao Estado O que Cristo teria dito: "Cuidarei e protegerei o fraco e aqueles que são oprimidos e todas as criaturas que sofrem injustiça." Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 46:18* O que Paulo disse: "Cada um se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Ele." Epístola aos Romanos, 13:1-3 Sobre a escravidão O que Cristo teria dito: "Protegereis o fraco (...) Deus mandou-me ajudar os quebrantados, para proclamar a liberdade dos cativos." Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 13:2 O que Paulo disse: "Servos, odedecei, com temor e tremor, em simplicidade de coração, a vossos senhores nesta vida, como a Cristo; servindo-os, não quando vigiados, para agradar a homens, mas como servos de Cristo, que põem a alma em atender à vontade de Deus." Epístola aos Efésios, 6:5-6 Sobre a submissão feminina O que Cristo teria dito: "Em Deus, o masculino não é sem o feminino, nem o feminino sem o masculino (...) Deus criou a espécie humana na divina imagem macho e fêmea (...) Assim, devem os nomes do Pai e da Mãe ser igualmente reverenciados." Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 52:10 O que Paulo disse: "Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres o sejam a seus maridos, como ao Senhor, porque o homem é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da Igreja e o salvador do Corpo." Epístola aos Efésios, 5:21-23 Sobre o doutrina da salvação O que Cristo teria dito: "Mas eis que um maior que Moisés está aqui, e Ele vos dará a mais alta Lei, ainda a perfeita Lei, e esta Lei obedecerás. (...) Aqueles que acreditam e obedecem salvarão suas almas, e aqueles que não obedecem as perderão. Pois digo a vós, a não ser que vossa justiça sobrepuje a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino do Céu." Evangelho dos 12 Santos, Ensinamento 25:10 O que Paulo disse: "Se com tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. "Epístola aos Romanos, 10:9 *O Evangelho dos 12 Santos é um texto apócrifo do início do cristianismo, supostamente escrito pelos 12 apóstolos. Ele não é reconhecido pela Igreja.

UM TEMA BEM ATUAL....

Pe. Zezinho, scj - Sodoma e Gomorra São Paulo (SP), 18/3/2004 - 10:33 Pode-se ser contra qualquer prazer sexual, pode-se admiti-lo dentro do respeito mútuo de um casal que se assume e pode-se lutar por liberdade total. A História registra civilizações onde os grupos libertários conseguiram liberdade total. Também registra paises e grupos que poder que a cercearam quase que totalmente. E houve e há grupos e nações que mantêm a libido em clima de liberdade vigiada. Fósforo, dinamite, veneno, agrotóxicos também são produtos que precisam de controle para que não há danos presentes nem futuros quando seu uso é irresponsável. A libido pe um fósforo que se deve riscar e acender do jeito certo e a fogueira certa. Não é sem motivo que as igrejas chamam o pecado de sexo sem compromisso e com a pessoa errada de fornicação. É clima de forno. Não diz o mesmo do sexo com responsabilidade e entre mulher e homem que se amam e se assumiram. O que houve em Sodoma e Gomorra, pela descrição do autor sacro foi um desregramento tal que envolvia assédio sexual a qualquer forasteiro que chegava, homossexualismo fora de controle, libidinagem de tal monta que ficava impossível viver ali. O livro fala de um castigo terrível dado às duas cidades. Também Paulo em Romanos é duro com relação à libido descontrolada. Reserva condenação explícita a quem se deixa levar pelo instinto sexual sem canalizá-lo. O que vemos na televisão hoje em certos programas reflete em parte aquele clima. Há produtores e programadores que simplesmente não aceitam controle. Por isso ás vezes em horário normalmente sintonizado por crianças ou jovens passam cenas de deboche da sexualidade humana que fariam corar os habitantes de Sodoma e Gomorra. Se o autor do Gênesis e Paulo tivessem visto nossa televisão teriam escrito com ainda maior dureza. É baixaria intencional. Devem as religiões se pronunciar? Devem os defensores dos direitos da família e dos pais reagir? Estão jogando em todos os lares o que antigamente era cena de alcova ou coisa de Sodoma e Gomorra. Naquele tempo também parece que os juizes não tinham mais força para coibir tais exageros. Foi preciso virem anjos do céu para por ordem na cidade. Salvaram o que podia ser salvo. O resto acabou em fogo! O que há nas bancas de revistas e na televisão já é deboche. Os editores de tais revistas e os programadores sabem que a lei quanto á subversão dos costumes existe, mas não é aplicada. Por isso prosseguem, cada dia mais ousados. As igrejas e as escolas perderam. Venceu o comércio. Fonte: Padre Zezinho. scj

VERDADE IMUTÁVEL DE DEUS... O CONTRÁRIO NÃO É DE DEUS!

No ser humano, a união sexual, implica demonstrações mútuas de emoções como o amor, carinho, afeto, etc. E as características do comportamento apresentado pelos indivíduos estão ligados a fatores culturais e religiosos, caso contrário seria irracional e prevaleceriam os instintos, como nos animais, de macho e fêmea. Estamos no terceiro milênio, as informações são muitas e rápidas. Na maioria das vezes, os jovens não conseguem assimilar o volume de informações que chegam pela televisão, revistas, jornais, internet e outros veículos de comunicações em massa, e, sem concatenar as idéias, se lançam ao início sexual apenas por vuriosidade ou para uma fuga psicológica de uma determinada situação. A criação e a divulgação desenfreada da pílula anticonceptiva e especialmente da camisinha, levam os jovens a crer que estão prontos para o sexo, bastando usar um desses produtos. Quando na maioria das vezes, nem para a sexualidade estão ainda, amadurecidos o suficiente. E, com o passar dos tempos, vem sendo, o Ato Sexual, banalizado. Quando deveria ser um ato sublime, determinado pelo nosso Deus que mandou: Crescer e multiplicar. Fora dessa utilização, é pecado! Vieram os modismos. PAZ E AMOR! SEXO E DROGAS! dos anos 60/70. REPRODUÇÃO INDEPENDENTE! BARRIGA DE ALUGUEL! LIBERDADE CONJUGAL! SEXO EM GRUPO! dos anos 80/90. E, o famigerado FICAR dos tempos atuais. Daí, adolescentes e crianças grávidas. Mães ainda em formação biológica e pais prematuros, por terem FICADO para saber como funciona o ato sexual; por curiosidade em saber do PRAZER que tal ato proporciona, e se vêem com o FRUTO do Ato Inconsequente...sofrem eles e sofre o nascituro. Há dois mil anos, diziam dos Apóstolos de Jesus, por inspiração dada por Deus, através do Espírito Santo, para conhecimento de toda a humanidade: "Mas, se alguém pensa que se está comportando de modo impróprio para com sua virgindade e se estiver além da flor da juventude: é correto que se CASE!" "Mas, se alguém estiver resolvido no seu coração, não tendo necessidade, mas tiver autoridade sobre sua própria vontade e tiver feito este propósito de manter sua própria virgindade, fará melhor ainda!" Consequentemente aquele que der sua virgindade em casamento, fará bem; mas aquele que guardá-la fará melhor! Que cada um saiba obter posse do seu próprio corpo em satisfação e honra...nunca em cobiçoso apetite sexual, como fazem aqueles que não conhecem ao Senhor DEUS. A Liberdade Sexual criou uma geração pervertida e aqui temos mais variantes dessa utópica liberdade; AS OPÇÕES SEXUAIS EXACERBADAS: homens com homens; mulheres com mulheres!!!! Recordo-me do episódio bíblico de Sodoma e Gomorra. Naqueles tempos, era só lá. Hoje, essa perversão se espalha pelo mundo todo, como uma praga que devora e dizima as Leis de Deus. Graças à benevolência e a misericórdia divina, não foi imposto, ainda, o mesmo castigo de antigamente. Caso contrário o globo terrestre se cobriria, totalmente, de cinzas e enxofre. Parafraseando o apóstolo Paulo, meu irmão em Cristo e chará, que me devolveu a Jesus, pelo exemplo de sua conversão, transcrevo: "Estou escrevendo essas coisas, não para vos envergonhar, mas para vos admoestar como meus filhos amados. Sulico-vos, pois, que vos tornei meus imitadores. Não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus??????????? Não sejais desencaminhados. Nem fornicadores, nem adúteros, nem homens mantidos para propósitos desnaturais, nem homens que se deitam com outros homens. Pois vós fostes, santificados e declarados justos no Sangue de Jesus Cristo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! E aqueles que não se arrependerem e mudarem seus comportamentos, suportem, portanto, as consequências desastrosas para o corpo e para o espírito!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Pois, DEUS, em harmonia com os desejos dos seus corações, entregou-os à impureza, para que seus corpos fossem desonrados entre si, os que trocaram a VERDADE DE DEUS , pela mentira material. É por isso que DEUS os entregou a ignominosos apetites sexuais, pois tanto as suas fêmeas trocaram o uso natural entre si mesmas por outro contrário à natureza, e, igualmente os homens abandonaram o uso natural da fêmea e ficaram violentamente inflamados nas relações de uns para com os outros, machos com machos, praticando o que é obsceno e recebendo entre si mesmos, a plena recompensa, que se deva ao seu erro. DEUS os entregou a um estado mental reprovado, embora estes conhecessem bem o DECRETO JUSTO DE DEUS!!!!!!! Isto se dará no dia em que DEUS, por meio de JESUS, julgar as coisas secretas de cada criatura!" Amém!!!!

Oblação & Consagração

Oblatos Seculares On-Line Prezado irmão em Cristo. Com muita alegria e carinho falo sobre os oblatos seculares cistercienses. Depois de minha entrevista no Programa Tribuna Independente da REDEVIDA (25.12.98) muitas pessoas de várias partes do País têm escrito ou enviado e-mail se interessando, querendo saber mais sobre os oblatos. Basicamente eles fazem parte da família espiritual de nossa Abadia. Vivendo as várias realidades (homens, mulheres, casados, solteiros, viúvos, jovens, idosos, pobres), cada um com sua história, quiseram ingressar na espiritualidade monástica tentando viver a Regra de São Bento na sua vida como leigo, no seu estado de vida, no seu status social próprio, sendo luz, sal e fermento, uma presença discreta mas atuante de Deus na sociedade. Em 1990, ano dos 900 anos do nascimento de São Bernardo começamos um grupo em São Paulo, na Paróquia de Nossa Senhora das Graças, na Vila Nova Cachoeirinha - (011) 859-4242. Atualmente lá são quase 100 entre oblatos, noviços e postulantes. Têm reunião mensal comigo quando tratamos cada vez de assuntos sobre a Regra de São Bento, a espiritualidade monástica na vida de um leigo, Sagrada Escritura, liturgia, etc. Geralmente é na última 5ª feira do mês. Em São José do Rio Pardo, onde se encontra o mosteiro, (019) 680- 4675; fax (019) 680-6068 o grupo começou em 1992 e conta com uns 60 entre oblatos, noviços e postulantes. As reuniões são mensais, geralmente no 2º Sábado do mês. Em Igaraí (Distrito de Mococa) começamos um grupo em 1996 e as reuniões são na última 6ª feira do mês. Lá são 33 noviços e 5 postulantes. Temos pessoas que fazem parte do grupo dos oblatos e moram em Maringá, Rio Preto, Amparo, São João da Boa Vista, Três Lagoas, Mococa, etc. Eles vêm às reuniões quando podem, mas sobretudo para os passos do postulantado, noviciado e oblação. Quando alguém deseja ser oblato significa que quer se consagrar a Deus no seu estado próprio de vida. No seu caso, penso que pode ser oblato on-line desde que ao menos vinha alguma vez em São José do Rio Pardo, para os ritos próprios e para algumas reuniões, retiros. Penso em dinamizar melhor nossa página na Internet que já tem um link sobre os oblatos com comentário da Regra de São Bento e assuntos afins. Tenho um programa diário numa Rádio Comunitária ligada ao mosteiro mas estudo a possibilidade de fazer gravações em fitas K7 pois assim os distantes poderiam usufruir dos comentários que atualmente só os rio-pardenses têm. Basicamente dizemos que o tempo inicial do postulantado leva um ano, ao menos; do noviciado, também um ano e depois vem a oblação. No postulantado o candidato recebe uma medalha de São Bernardo; no noviciado a Regra de São Bento oficialmente, se compromete em rezar a Liturgia da Horas conforme as suas possibilidades e recebe um nome de um santo como seu padroeiro. É o padroeiro onomástico. Na oblação assina em um rito solene sua carta de oblação no altar e recebe o distintivo da Abadia. Nas festas solenes do calendário monástico se vestem de branco e preto. Precisaríamos os seguintes dados: Nome: ____________________________________________ Nascimento: _______________________________________ Estado civil (se casado, nome cônjuge): ________________ Endereço completo: _________________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ____________________________________________ Como você pensa de forma concreta em participar do grupo dos oblatos? Possibilidade de vir, etc. Quais as sugestões, questionamentos. ENTRE EM CONTATO O QUANTO ANTES mosteiro@uol.com.br Pe. Paulo Celso Demartini O. Cist Prior do Mosteiro e Diretor dos Oblatos Consagração Espiritual. Muy amado ermano en Cristo, Paulo Lôbo. Por consagración espiritual me refiero personalmente a esto: una consagración a Cristo que tú haces en tu corazón, en tu espíritu. Una verdadera consagración significaría que tú haces una promesa formal en presencia de una autoridad de la Iglesia de entregarte enteramente a Cristo viviendo en la pobreza, castidad y obediencia. Hacer esto tiene consecuencias: usualmente entras a formar parte de un grupo o movimiento religiosos específico, aceptas algún tipo de regla para tu vida, vives bajo un director, te sometes a una formación específica, etc... Ahora , si por alguna razón (edad, salud, etc...) quieres entregarte a Dios pero no estás en posición de hacer una verdadera consagración formal, puedes escoger un tiempo formal, puedes escoger un tiempo especial para decirle a Dios que te quieres entregar a Dios, que te quieres entregar a Él por completo. Luego, de forma privada ( en tus pensamientos, tiempo que das al rezo, la manera que reservas tu corazón sólo a Él, el tiempo que das al apostolado) intenta vivir esa promesa de una manera sencilla, llena de amor, cada día. Es algo espiritual, privado, solo entre Jesús y tú, y aunque no te ata tanto como una consagración formal, es una bella y útil acción si piensas que algún día vas a ser llamada a consagrarte a consagrarte formalmente a Él. ¿Te ayuda? Que Dios te bendiga. Padre Ricardo Soda.LC

terça-feira, 6 de abril de 2010

MORRE O PARIARCA MICHAEL!

Sábado de Aleluia 2010: [03.04.2001] PARA: Todos os amados Bispos e irmãos da CATHOLIC CHARISMÁTIC CHURCH-CCC. DE: Arcebispo John P. Walzer; Arquidiocese de St. Mary. Contristado notifico, que nosso amado Patriarca Michael passou para as Santas e Veneráveis Mãos de Deus nosso Senhor, às cinco horas da manhã de Sexta-feira da Paixão de Cristo [02.04.2010]. Recorde-o, por favor, em suas orações, novena e Missas. Possa sua alma e as almas de todo o fiel à mercê do deus, descansar em paz. AMÉM! Com todas as bênçãos e orações apostólicas, Reverendíssimo John P. Walzer, D.D. e Chanceler Donald Brueggemann, J.D. "Holy Saturday 2010: TO: All my beloved brother Bishops of the CCC; FROM: Archbishop John P. Walzer; Archdiocese of St. Mary: As I pray that all of you have been notified, our beloved Patriarch Michael passed into the Lord’s Hands at five o’clock A.M. Good Friday morning. Please remember him in your prayers, novena’s and Masses. May his soul and the souls of all the faithful to the mercy of God, rest in peace. AMEN On record, we have an archbishop co-adjutor, Archbishop Robert Jones. In speaking with him, his poor health will prevent him from taking an active roll in the administration of the CCC. On December 10, 2009, the Patriarch assigned me the task of administering and reviewing the Canons,Constitution and Guidelines of the CCC. Common to all Catholic jurisdictions (especially orthodox) and the request of archbishop Jones, is that we must have an election – as a college of bishops – to elect a new Patriarch. Until that time, archbishop Jones, as the co-adjutor of record, stands as the Archbishop in charge. I urgently request that – collectively – by e-mail or conference, put forth the name(s) of potential individuals that would lead the CCC, co-ordinate its jurisdictions; establish routine monthly reporting requirements and maintain the integrity and position of the CCC in the worldwide Catholic Community. With all Apostolic Blessings and Prayers, The Most Rev. John P. Walzer, D.D. [cc: Chancelor D. Brueggemann,J.D.]"