CARACTERÍSTICAS
Clima: Mais ameno.
Temperatura Média: +36ºC.
COMO CHEGAR
Localização
Mesorregião da Mata Pernambucana, Microrregião da Mata meridional.
Limites
Ao norte com Bonito, ao sul com Maraial, a leste com Palmares e a oeste com Jaqueira.
Acesso Rodoviário
PE-126 e BR-101.
142 km da Capital.
Estação Ferroviária
E. F. Recife ao São Francisco (1882-1901) Great Western (1901-1950) Rede Ferroviária do Nordeste (1950-1975) RFFSA (1975-1996) CATENDE Município de Catende, PE Linha Sul - km 142 (1960) PE-3275 Inauguração: 02.12.1882 Uso atual: moradia com trilhos Data de construção do prédio atual: n/d Histórico da Linha: A linha Sul, ou Recife-Maceió, é uma junção de três ferrovias: a E. F. Recife ao São Francisco, aberta entre 1858 e 1862 (foi a segunda ferrovia a ser aberta no Brasil), a E. F. Sul de Pernambuco, entre 1882 e 1894 e a E. F. Central de Alagoas, aberta em trechos entre 1871 e 1884, arrendada em 1880 à The Alagoas Railway Co. A primeira ligou Recife a Una (hoje Palmares), a segunda Una a Imperatriz (hoje União dos Palmares) e a terceira, Imperatriz a Maceió. Em 1901, a Great Western do Brasil Railway Co., empresa inglesa, ganhou a concessão das duas primeiras e, em 1903, a da última, unindo as linhas e diminuindo a bitola da primeira, em 1905, de 1.60 m para métrica. Em 1950, o Governo da União encampou a Great Western, transformando-a na Rede Ferroviária do Nordeste (RFN), que passou a ser um das subsidiárias da RFFSA em 1957 e que foi finalmente incorporada em uma de suas superintendências regionais em 1975. Finalmente, em 1997, foi cedida em concessão para a CFN - Cia. Ferroviária do Nordeste. Os trens de passageiros seguiram até os anos 1980. Somente sobram hoje os trens de subúrbio de Maceió e de Recife, que percorrem as duas pontas da linha. A Estação: A estação de Catende foi inaugurada em 1882. Foi ponta de linha da E. F. Recife ao São Francisco por dois anos. Estava ao lado da usina de Catende, uma das grandes usinas de Pernambuco, fundada em 1890. Trocou de donos diversas vezes, até que, no final dos anos 1920, era a maior usina de açúcar do Brasil. Nessa época, possuía 43 propriedades agrícolas, uma via férrea própria com 140 quilômetros, 11 locomotivas e 266 vagões. Charles Small, americano que estava a serviço do seu país no Nordeste brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial, visitou a usina e desceu na estação, vindo do Recife, em 1942. Daí duas das fotos abaixo. Atualmente, a usina é controlada pelos próprios funcionários, que assumiram o controle da massa falida da usina após um acordo, depois das dificuldades financeiras pelas quais passou a usina nos anos 1990. Quanto à estação, virou moradia e está em mau estado, ocupada por moradores, há muito lixo, sem nenhuma limpeza. E a música Trem de Alagoas, de Ascenso Ferreira, que diz: O sino bate, o condutor apita o apito, Solta o trem de ferro um grito, põe-se logo a caminhar… - Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende, vou danado pra Catende com vontade de chegar... Mergulham mocambos, nos mangues molhados, moleques, mulatos, vêm vê-lo passar. Adeus ! - Adeus ! Mangueiras, coqueiros, cajueiros em flor, cajueiros com frutos já bons de chupar... - Adeus morena do cabelo cacheado ! Mangabas maduras, mamões amarelos, mamões amarelos, que amostram molengos as mamas macias pra a gente mamar - Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende, vou danado pra Catende com vontade de chegar... Na boca da mata ha furnas incríveis que em coisas terríveis nos fazem pensar: - Ali dorme o Pai-da-Mata - Ali é a casa das caiporas - Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende vou danado pra Catende com vontade de chegar... Meu Deus ! Já deixamos a praia tão longe… No entanto avistamos bem perto outro mar... Danou-se ! Se move, se arqueia, faz onda... Que nada ! É um partido já bom de cortar... - Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende vou danado pra Catende com vontade de chegar... Cana caiana, cana rôxa, cana fita, cada qual a mais bonita, todas boas de chupar... - Adeus morena do cabelo cacheado ! - Ali dorme o Pai-da-Matta ! - Ali é a casa das caiporas - Vou danado pra Catende, vou danado pra Catende vou danado pra Catende com vontade de chegar... (Fontes: ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Ed. Massangana, 1989; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Brazilian Steam Album IV, North and South, C. H. Hahmann e Charles Small, 1990; Hélio Ribeiro, 2006).
Usina Catende
Está situada no município de Catende, na margem esquerda do rio Pirangi, numa altitude de 153 metros. Fundada, em 1890, com o nome de usina Correia da Silva, em homenagem ao então vice-governador do Estado, foi originalmente construída pelo inglês Carlos Sinden e seu sogro Felipe Paes de Oliveira. Esse nome, no entanto nunca se consagrou, sendo a usina sempre chamada de Catende. Em 1892, passou a ser usina Catende, construída no antigo engenho Milagre da Conceição, fundado em 1829. A usina não teve sucesso, sendo entregue a credores, entre os quais o Banco de Pernambuco. Houve várias tentativas de exploração, mas sem resultados, até que, em 1907, foi adquirida pela firma Mendes Lima & Cia, que a reformou (1912), aumentando a sua capacidade de moagem de 200 para 1000 toneladas diárias. Os proprietários, no entanto, eram comerciantes e não industriais. Interessava-lhes vender o açúcar e não fabricá-lo. A usina foi novamente vendida, dessa vez para a firma Costa, Oliveira & Cia. Com a saída dos demais sócios, em 1927, a usina passou a ser propriedade do coronel Antônio Ferreira da Costa Azevedo, conhecido pelo apelido de Seu Tenente, que revolucionou toda a zona canavieira da mata sul de Pernambuco, com seu sistema técnico e administrativo, servindo de exemplo para diversas usinas da região. Em 1929, a usina era considerada a maior do Brasil em produção e capacidade. Possuía 43 propriedades agrícolas, uma via férrea de 140 quilômetros, 11 locomotivas e 266 vagões. O transporte da cana e seus produtos era feito pela Great Western. Tinha capacidade para processar 1.500 toneladas de cana e fabricar 4.000 litros de álcool em 22 horas. Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 700 operários. Possuía uma vila operária com 200 casas, uma Caixa de Beneficência e mantinha uma escola com freqüência média anual de 50 alunos. Quando morreu, em 1950, Antônio Ferreira da Costa Azevedo, o Seu Tenente, deixou a usina Catende com uma capacidade industrial para fabricação de 1 milhão de sacos de açúcar, uma destilaria de álcool anidro (a primeira do país), 36 mil hectares de terra, 165 quilômetros de estradas de ferro e 82 engenhos de cana.
Serra da Prata
É um dos pontos mais altos de Catende, onde o visitante pode apreciar a bela paisagem e avistar até o município de Palmares. No local há vários campeonatos de asa delta. O açude Santa Rita e as bicas da região também são dicas para um passeio ecológico. A localidade ainda possui engenhos de construções antigas, como o Engenho Ouricuri.
Catende guarda as marcas do período açucareiro. Seus antigos engenhos resgatam a história social e econômica de Pernambuco. É uma cidade privilegiada pela natureza, por isso é bastante visitada por turista que gostam de aliar diversão tranqüila à beleza natural.
Créditos
Informações e fotos
Sites: www.municipios.pe.gov.br
www.flickr.com.br
www.estacoesferroviarias.com.br
www.wikipedia.com.br
e principalmente: http://www.ferias.tur.br/informacoes/5218/catende-pe.html
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